⚽ José Boto explica os desafios culturais nas contratações do Flamengo
O diretor de futebol do Flamengo, José Boto, comentou nesta segunda-feira (15) sobre as dificuldades em lidar com as diferenças culturais do futebol brasileiro quando se trata de contratações. Para exemplificar, o dirigente citou o caso do atacante Viktor Gyökeres, comprado pelo Sporting (POR) por 20 milhões de euros, após passagem pela segunda divisão inglesa, e posteriormente vendido por 70 milhões de euros.
🎙️ Boto destacou:
“Se eu quisesse trazer o Gyökeres para o Flamengo, ninguém reclamaria. Mas quando o Sporting pagou 20 milhões por ele, vindo da segunda liga inglesa, isso aqui seria impossível. Vi a reação com uma contratação de apenas 5 milhões e percebi que precisamos de inteligência para nos adaptar às diferenças culturais e às torcidas.”
Segundo ele, em um clube do tamanho do Flamengo, é preciso ter um mercado equilibrado: entre grandes nomes de impacto imediato e atletas menos midiáticos, mas que possam oferecer retorno esportivo e financeiro a médio prazo.
🔥 O caso Mikey Johnston
O dirigente também falou sobre a negociação frustrada com Mikey Johnston, atacante do West Bromwich Albion (ING). O Flamengo havia acertado a compra por 5 milhões de libras (R$ 37 milhões), e o jogador já tinha até passagem comprada para o Rio de Janeiro.
Contudo, apesar de a justificativa oficial ter sido “problemas físicos”, apurações revelaram que a pressão da torcida e a repercussão negativa nas redes pesaram para que a diretoria desistisse do negócio. Assim, as conversas com o clube inglês e os representantes do atleta foram encerradas.
👥 Quem chegou no lugar?
Sem Johnston, o Flamengo foi ao mercado e anunciou nomes de peso, como Samuel Lino, Jorge Carrascal e Saúl Ñíguez, reforços que rapidamente ganharam espaço no elenco de Filipe Luís. Além deles, o clube já havia feito movimentações no início da temporada, reforçando a equipe em diferentes setores.
📌 Próximos passos no mercado
A fala de Boto mostra que a diretoria busca um equilíbrio entre grandes estrelas e apostas de potencial. O dirigente deixou claro que a inteligência de mercado será cada vez mais necessária para lidar com a pressão popular e, ao mesmo tempo, manter o Flamengo competitivo dentro e fora de campo.