O ambiente de negociações entre Flamengo e Santos voltou a ganhar destaque nos últimos dias, refletindo a rigidez das políticas adotadas pela diretoria rubro-negra. O clube carioca, insatisfeito com experiências anteriores de inadimplência no mercado interno, tem imposto cláusulas mais severas para liberar atletas a outros times brasileiros. Essa postura, liderada pelo presidente Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, já foi aplicada em diferentes tratativas recentes.
Nesse contexto, a situação do meia Victor Hugo, de 21 anos, tornou-se um dos principais pontos de tensão. O jogador, que voltou recentemente do futebol turco, soma poucas oportunidades no elenco principal e entrou na lista de possíveis negociações. O Santos apareceu como interessado, contando com o aval de Filipe Luís e do diretor executivo José Boto, mas o andamento do processo esbarrou nas exigências da cúpula rubro-negra.
O presidente Bap determinou que a transferência só aconteça mediante cláusulas específicas. Entre elas, está a obrigação de compra atrelada ao cumprimento de metas, descartando a simples opção de aquisição futura. Além disso, o Santos teria de apresentar garantias financeiras consideradas robustas, algo visto como indispensável para evitar riscos de calote, segundo informações de bastidores divulgadas na imprensa.
Esse padrão de comportamento não é inédito. Durante conversas envolvendo Thiago Maia e o Santos, a exigência por comprovações financeiras também foi determinante para que o negócio não fosse autorizado. Na época, o Internacional ainda devia valores ao Flamengo, o que reforçou a cautela de Bap e sua equipe ao liberar jogadores para outros clubes nacionais.
Enquanto o impasse persiste, Victor Hugo mantém a rotina de treinos no Ninho do Urubu, aguardando uma definição. O meia ainda luta por espaço sob o comando de Filipe Luís, mas seu futuro depende do desfecho dessas tratativas. O Santos, por sua vez, analisa se conseguirá atender às exigências contratuais e financeiras que o Flamengo considera inegociáveis.
A situação evidencia o choque entre a necessidade de jovens atletas em buscar novos ares e a política rígida de proteção financeira do Flamengo. A incerteza paira sobre o destino do jogador, mas o posicionamento do clube carioca deixa claro que qualquer possibilidade de acordo só avançará caso todos os requisitos impostos sejam cumpridos.
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