Luiz Eduardo Baptista responderá por falar tratada como machismo
A apresentação de Luiz Eduardo Baptista na segunda-feira (23) segue rendendo. Durante explanação sobre o futebol feminino, o presidente do Flamengo lamentou as críticas da “nariguda da Globo” sobre o tratamento dado à modalidade. Por isso, o cartola foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O discurso, que foi interpretado como uma menção à jornalista Renata Mendonça, do Grupo Globo, é considerado machista, sexista e discriminatório. Além de reclamação, Bap acusou a repórter de “ficar falando mal da gente” durante reunião com os conselheiros.
QUAL CÓDIGO BAP SERÁ JULGADO?
De acordo com a acusação, Bap responderá ao artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de atos discriminatórios. A representação contra o dirigente é da União Brasileira de Mulheres (UBM), assinada pelos advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Fernandes Cunha.
A UBM argumenta que o depoimento teve ampla repercussão pública e viola princípios constitucionais, tratados internacionais de proteção aos direitos das mulheres. A entidade pede, ainda, a abertura de um procedimento para que sanções cabíveis sejam tomadas.
“Punir o machismo é um ato de justiça em um momento em que a naturalização das violências contra as mulheres têm escalonado a violência de gênero no Brasil”, disse, portanto, a presidenta da União Brasileira de Mulheres, Vanja Andréa Reis dos Santos. A informação é do colunista Lauro Jardim, do ‘O Globo’.
O QUE ERA O EVENTO?
Em resumo, durante encontro para apresentar o balanço de 2025 e projeções para 2026, Bap abordou diversos assuntos. Quando chegou na parte do futebol feminino, o presidente cobrou mais repasse de verba da Globo, que exibe as partidas do Flamengo na modalidade. Então, o cartola exigiu que a “nariguda” (expressão usada pelo dirigente) abordasse os patrões para que investissem no clube.
